
Módulo II
Período de trabalho: de 28 de novembro a 9 de Dezembro de 2016
Distinguir os principais paradigmas de investigação em Educação e respetivos fundamentos ontológicos, epistemológicos e metodológicos
OBJETIVOS:
Distinguir os principais paradigmas de investigação em Educação e respetivos fundamentos ontológicos, epistemológicos e metodológicos
Tomar consciência dos principais desafios de natureza deontológica e ética na investigação científica em geral, e na investigação em educação em particular
CONTEÚDOS:
Principais paradigmas da investigação em Educação. Caracterização e fundamentos de natureza ontológica, epistemológica e metodológica. Desafios e limites de cada uma das abordagens. Deontologia e ética na investigação.
Paradigmas de investigação
Os paradigmas são um referencial filosófico que vai determinar a metodologia do investigador.
De acordo com Latorre et al, (1996), Bisquera, (1983) subsitem três grandes paradigmas:
- Positivista ou quantitativo
- Interpertativo ou qualitativo
- Sociocrítico ou hermenêutico
O Paradigma de investigação pode definir-se como um conjunto articulado de postulados, de valores conhecidos, de teorias comuns e de regras que são aceites por todos os elementos de uma comunidade científica num dado momento histórico. (Coutinho, 2011)
Ainda de acordo coma autora, "Cumpre os propósitos de unificar os conceitos, pontos de vista, a pertença a uma identidade comum e o de legitimar a investigação através de critérios de validez e interpretação "(Coutinho, 2011, p.9).
O paradigma é o sistema de princípios, crenças e valores que orienta a metodologia e fundamenta as conceções numa epistomologia (coutinho 2011)
Das metodologias de cariz qualitativo destaca-se:
- Teoria a testar; a partir da teoria;
- Problemas e hipóteses derivados da teoria;
- Conceitos e variáveis operacionalizados
- Recolha de dados que confirma a teoria
Metodologia de cariz Qualitativo:
- Construção da teoria;
- Busca de padrões;
- Formar categorias de dados;
- Levantar questões;
- Investigar recolha de dados.
Qualquer método de investigação constitui um caminho para chegar ao conhecimento científico e o conjunto de procedimentos que servem de instrumentos para alcançar os fins da investigação.
OS PARADIGMAS
PARADIGMA POSITIVISTA
Também é considerado por paradigma quantitativo, racionalista, sendo o dominante em algumas comunidades científicas.
Tradicionalmente a investigação em educação seguiu os postuladose princípios surgidos deste paradigma.
Nesta perspetiva o mundo natural tem existência própria, independentemente de quem estuda. A teoria é universal, não se cinge a um contexto específico.
PARADIGMA CONSTRUTIVISTA
Situa-se na perspetiva qualitativa.
A recolha e análise de dados, em que o investigador verifica o seu próprio significado sobre a realidade e que pode de alguma forma exercer influência. Atribui significado significado à realidade que os sujeitos dos sujeitos ao estudo, e que pode ser através do diálogo e interação com os participantes.
Nesta perspetiva em vez de se iniciar uma teoria, os investigadores desenvolvem um padrão a partir da interpretação que fazem da interação com o sujeito em estudo. Neste sentido, são utilizadas questões de caráter aberto, permitindo interpertações das respostas.
PARADIGMA INTERPRETATIVO
Trata-se de um paradigma qualitativo, fenomenológico, naturalista, humanista ou etnográfico., pois centra-se no estudo dos significados das ações humanas e da vida social.
Nesta perspetiva a realidade é dinamica e holistica, questiona-se a existência da realidade.
PARADIGMA SOCIOCRITICO
Surge como resposta às tradições positivistas e interpretativas
Este paradigma critico introduz a ideologia de forma explícita, a reflexão de processos do conhecimento. Objetiva a transformação da estrutura dos relacionamentos sociais.
Tende:
Conhecer e compreender a realidade;
Unir teoria e pratica;
Orientar o conhecimento dos indívudos.
Referência Bibliográfica
Coutinho, C. (2011). Paradigmas, Metodologias e Métodos de Investigação. In: Metodologias de Investigação em Ciências Sociais e Humanas. (p.9-21).Lisboa. Almedina
Coutinho, C. (2004). Quantitativo versus qualitativo : questões paradigmáticas na pesquisa em avaliação. (p. 436-448) [On-line] Retirado de: https://hdl.handle.net/1822/6469